Avaliação do 64º CONEG da UNE – Por Caio Teixeira

 

 

Primeiramente, FORA TEMER !
Em defesa da democracia e contra a retirada de direitos: Essa luta nos UNE 

A nova tentativa de conciliação e seus equívocos

Por Caio Teixeira – Diretor de Cultura UNE

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Aconteceu entre os dias 15 e 17 de Julho de 2016, na UNIP em São Paulo o 64º CONEG da UNE. O conselho teve 324 entidades credenciadas e reuniu cerca de 500 estudantes, segundo a União Nacional dos Estudantes e contou com debates ligados à educação, saúde, juventude, democratização da comunicação, o golpe, a democracia, combate ao racismo, à lgbtfobia e ao machismo.

Diante do cenário apresentado nesse 64º CONEG analisamos que o Movimento Estudantil precisa fazer uma profunda autocrítica, precisamos de mais democratização e mobilização dos nossos espaços. Nesse atual cenário de golpe político-legislativo-judiciário- midiático o  CONEG precisava ser muito mais mobilizado do que foi, precisávamos demonstrar força e mobilização contra Michel Temer e o golpe.

A aprovação da proposta de plebiscito sobre novas eleições que é uma proposta de conciliação, hoje, uma tentativa de proposta de “acordão” com a direita para interromper o mandato legítimo da Presidenta Dilma e tentar repactuar a democracia entre as forças políticas do país. Proposta totalmente equivocada, para combater a guinada ao autoritarismo e a restauração do neoliberalismo, pactuado com as forças conservadoras do país e com o grande capital nacional e internacional, precisamos fazer trabalho de base, mobilizações, assembleias de cursos e gerais, jornadas de lutas, manifestações no campo e na cidade e construir aliança com a classe trabalhadora, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo na tentativa de construção da greve geral.

O Coletivo O Estopim! é contra a proposta de qualquer tipo de alteração do atual calendário eleitoral, nessa atual conjuntura de ainda consumação do golpe. Se é golpe, precisamos acumular forças sociais para derrotar o golpismo. Não podemos inventar malabarismos institucionais, a presidenta não tem o poder de convocar este plebiscito.  O que está sendo proposto é: caso o impeachment seja derrotado, Dilma apoiaria a realização de uma consulta ao povo, não ao parlamento e quem decidiria seria o povo sobre a continuidade ou interrupção do mandato conquistado em 2014. Neste hipotético plebiscito cuja aprovação exigiria maioria de 3/5 no Senado e na Câmara, bem como a maioria do STF, setores esses intimamente ligados ao golpe, o que tornaria essa proposta inviável.

Parece que o costume do cachimbo deixou a boca torta de alguns camaradas que constroem a Majoritária da UNE, único campo que apresentou e aprovou essa proposta de plebiscito. A UJS e  Kizomba parecem que ainda acreditam que a “revolução democrática” está em curso. Muito ruim a posição dos camaradas, acreditamos que nesse momento onde precisamos de unidade, essa proposta desagrega, desmobiliza e desconcentra forças para o real inimigo que é Temer e os seus aliados golpistas.

O Estopim! se coloca em unidade com a proposta da Jornada Nacional de Lutas aprovada e defendida por unanimidade entre os campos majoritário, popular e oposição de esquerda da UNE com as três bandeiras prioritárias: Fora Temer!, Fora Mendonça! e contra a Lei da Mordaça.

Vamos mobilizar contra o golpismo!

“Ou os estudantes se identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo”.
Florestan Fernandes

É Socialismo Até o Fim: O Estopim!

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