Nesse sentido, nos solidarizamos aos 72 estudantes denunciados pelo Ministério Público de São Paulo e ao movimento estudantil da USP. Tal ataque não está isolado de um contexto mais amplo de uma ofensiva conservadora contra os movimentos sociais. Devemos combater com todas nossas forças a judicialização da política já que, o Poder Judiciário, insusceptível de qualquer tipo de controle social, é um terreno hostil aos trabalhadores e à juventude. Dentre todas as acusações feitas aos estudantes, como as de dano ao patrimônio público, pichação, desobediência judicial, a que mais chama a atenção é a de formação de quadrilha, tipo penal utilizado para criminalizar o MST, por exemplo, nos dias de hoje e, para descaracterizar movimentos de contestação em geral, como no período da ditadura civil-militar, quando o Judiciário foi conivente em face do massacre contra os estudantes organizados do período.
Diante desse cenário, conclamamos os estudantes universitários do Brasil para que possam organizar atos em defesa dos estudantes e dos movimentos sociais, nos mais variados espaços, dentro e fora das universidades. Destacamos que este tema deve estar na agenda da Jornada de Lutas da Juventude proposta para março e que a União Nacional dos Estudantes se debruce sobre a pauta e mobilize as suas bases em defesa dos trabalhadores e da juventude!
Salvador, 07 de fevereiro de 2013.
Coletivo O Estopim!